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A bolsa de Hong Kong sofre a pior queda desde a crise de 1997, devido ao pânico dos direitos aduaneiros

by | Abr 7, 2025 | Ásia, Bolsas de Valores, Mercado de acções

Numa reviravolta dramática, a bolsa de valores de Hong Kong registou a maior queda num só dia desde a crise financeira asiática de 1997, provocando ondas de choque nos círculos financeiros mundiais. Em 7 de abril de 2025, o índice Hang Seng caiu mais de 8,4%, reflectindo a profunda ansiedade dos investidores face à escalada das tensões geopolíticas e às novas ameaças tarifárias entre a China e os Estados Unidos.

Uma tempestade perfeita de pressão económica

No centro da derrota do mercado está uma disputa comercial reacendida. No fim de semana, Washington anunciou uma nova vaga de tarifas sobre mais de 200 mil milhões de dólares de produtos chineses, citando “manipulação contínua do mercado, espionagem cibernética e práticas comerciais injustas”. Pequim respondeu rapidamente, prometendo “fortes contra-medidas”, o que já levou a especulações sobre tarifas sobre as importações agrícolas e tecnológicas dos EUA. Esta retórica de “olho por olho” despertou o receio de uma guerra comercial total, que poderia ultrapassar as tensões tarifárias de 2018-2019. Hong Kong, há muito visto como uma porta de entrada entre o capital global e o continente chinês, está agora a suportar o peso da incerteza renovada.

Finanças e tecnologia lideram o declínio

Os sectores mais afectados no mercado de Hong Kong foram o financeiro e o tecnológico. Grandes bancos como o HSBC e o Bank of China (Hong Kong) caíram mais de 7%, enquanto gigantes tecnológicos como a Tencent e a Alibaba perderam entre 8% e 11% do seu valor numa só sessão de negociação.

O sentimento dos investidores foi ainda mais abalado por rumores de que as autoridades reguladoras dos EUA estão a preparar-se para reforçar as restrições às cotações chinesas nas bolsas de valores americanas – mais um golpe na confiança dos investidores na mobilidade transfronteiriça de capitais.

Receio de fuga de capitais e pressão cambial

Outra grande preocupação que impulsiona a venda é o medo da fuga de capitais. O dólar de Hong Kong manteve-se indexado ao dólar americano durante décadas, mas os especuladores de divisas estão agora a apostar num potencial enfraquecimento ou numa mudança de política, à medida que Pequim afirma um maior controlo sobre o território. À medida que os investidores estrangeiros fogem dos voláteis activos chineses, o papel de Hong Kong como centro financeiro estável pode ficar sob crescente pressão.

Repercussões globais já em curso

As repercussões fizeram-se sentir imediatamente em toda a Ásia. O Nikkei de Tóquio caiu 3,2%, enquanto o índice KOSPI da Coreia do Sul caiu 2,9%. Os mercados europeus também abriram em baixa, e os futuros dos EUA sinalizaram um início de semana difícil em Wall Street.

Para além dos mercados, os analistas alertam para os danos económicos reais se a escalada tarifária continuar. As cadeias de abastecimento, já sob tensão devido a guerras comerciais anteriores e a perturbações causadas pela pandemia, poderão enfrentar novos bloqueios, aumentando ainda mais os custos e a inflação a nível mundial.

O que vais fazer a seguir?

Tanto os analistas financeiros como os observadores geopolíticos concordam: a menos que Washington e Pequim tomem medidas para desanuviar as tensões, é provável que os mercados continuem voláteis. Para Hong Kong, este momento pode marcar um afastamento mais profundo do seu papel tradicional de centro financeiro da Ásia – especialmente se a confiança dos investidores não for rapidamente restaurada.

Para já, todos os olhos estão postos nos próximos passos das duas superpotências. Um esforço diplomático coordenado pode ainda evitar danos a longo prazo, mas, a partir de hoje, o medo – e não os fundamentos – está a conduzir os mercados.

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